quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Marcos 1,12-15 - 18.02.2018

Liturgia Diária
DIA 18 – DOMINGO   
1º DA QUARESMA

(roxo – 1ª semana do saltério)

Nós, que vivemos sob o sinal da aliança eterna que Deus estabeleceu com toda a criação, queremos acolher esta Quaresma como verdadeiro tempo de conversão e preparação para celebrar a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte. Iluminado pelo Espírito, Jesus faz sua opção de vida, vencendo as propostas tentadoras, e nos aponta o caminho para levarmos adiante o reino de amor e de justiça que ele nos trouxe.

Evangelho: Marcos 1,12-15

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos

– Naquele tempo, 12o Espírito levou Jesus para o deserto. 13E ele ficou no deserto durante quarenta dias e aí foi tentado por satanás. Vivia entre os animais selvagens, e os anjos o serviam. 14Depois que João Batista foi preso, Jesus foi para a Galileia, pregando o evangelho de Deus e dizendo: 15“O tempo já se completou e o reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no evangelho!”

– Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Marcos 1,12-15
«Logo depois, o Espírito o fez sair para o deserto. Lá,durante quarenta dias, foi posto à prova por Satanás»

Hoje, a Igreja celebra a liturgia do Primeiro Domingo de Quaresma. O Evangelho apresenta Jesus preparando-se para a vida pública. Vai ao deserto onde passa quarenta dias fazendo oração e penitência. Lá é tentado por Satanás.

Nós temos que prepararmos para a Páscoa. Satanás é nosso grande inimigo. Há pessoas que não acreditam nele, dizem que é um produto de nossa imaginação, ou que é o mal em abstrato, diluído nas pessoas e no mundo. Não!

A Sagrada Escritura fala dele muitas vezes como de um ser espiritual e concreto. É um anjo caído. Jesus o define dizendo: «É mentiroso e pai da mentira» (Jn 8, 44). São Pedro compara-o com um leão rugente : «Vosso adversário, o demônio, anda ao redor de vós como o leão que ruge, buscando a quem devorar. Resisti-lhe fortes na fé» (1 Pe 5,8). E Paulo VI ensina: «O demonio é o inimigo número um, é o tentador por excelência. Sabemos que este ser obscuro e perturbador existe realmente e que continua atuando».

Como? Mentindo, enganando. Onde há mentira ou engano, ali há ação diabólica. «A maior vitória do Demonio é fazer crer que não existe» (Baudelaire). E, como mente? Apresenta-nos ações perversas como se fossem boas, estimula-nos a fazer más obras; e, em terceiro lugar, sugere-nos razões para justificar os pecados. Depois de nos enganar, enche-nos de inquietude e de tristeza. Não tem experiência disso?

Nossa atitude ante a tentação? Antes: vigiar, rezar e evitar as ocasiões. Durante: resistência direta ou indireta. Depois: se tem vencido, dar graças a Deus. Se não tem vencido, pedir perdão e adquirir experiência. Qual tem sido a sua atitude até agora?

A Virgem Maria esmagou a cabeça da serpente infernal. Que Ela nos dê fortaleza para superar as tentações de cada dia.

Rev. D. Joan MARQUÉS i Suriñach
(Vilamarí, Girona, Espanha)
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors


CONVERTEI-VOS E CREDE NO EVANGELHO Mc 1,12-15
HOMILIA

O título desta homilia marca o final do Evangelho do primeiro Dominho da Quaresma. Como ouvimos, Marcos narra o ambiente e as circunstâncias da tentação de Jesus. Estamos diante de três elementos: o deserto, os anjos e o diabo. Os três são elementos representam o árduo caminho da quaresma, iniciado na última quarta-feira e a nossa grande missão durante este tempo: a conversão.

O deserto indica um local de provação. Jesus é o novo Israel que passa 40 dias no deserto e vence a tentação, permanecendo fiel à vontade divina e à sua Aliança.

O diabo e os anjos representam o interior de cada um de nós. Dentro de nós pode morar um anjo e um diabo. Quando nos damos de corpo e alma a Deus em nós sobressai o lado angélico e quando nos damos aos prazeres da carne então fala mais alto o lado diabólico. Vivemos num mudo onde existem pessoas com corações diversificados. Há aqueles que são mais compreensivos e curtem a paz, até mesmo em momentos críticos. São os que têm como razão de viver o cultivo da vida interior com Deus e em Deus. Para estes, os anjos de Deus constantemente os servem com a paz, com a fortaleza, com a sabedoria, com o temor de Deus e assim por diante. Mesmo que tenham um temperamento forte, sabem controlar seus impulsos e seus instintos.

O diabo representado pelos impulsos e os instintos. Todos nós sabemos que os animais reagem por impulsos e instintos. E isso também existe dentro de cada um de nós quando não fazemos usa da nossa liberdade e vontade que vindos de Deus deveriam ser usados para escolher sempre o bem! Em alguns, parecem indomáveis estes dois elementos. Trata-se de pessoas impulsivas, que primeiro fazem e depois pensam, quando as conseqüências amargam na vida. O diabo que indomada existe em quem vive pelo instinto, incapaz de ter qualquer controle sobre si próprio.

No deserto, local da sede, da fome e da provação, o que acontece conosco, aconteceu com Jesus, porque ele era homem, igual a cada um de nós. Poderia se deixar levar pelo instinto e a impulsividade do diabo. Mas não. Ele vence a tentação optando pelo serviço dos anjos e isso acontece pela fidelidade ao plano divino. Eis a diferença entre nós e Ele. Enquanto muitas vezes nós nos deixamos vencer pelo diabo, Ele o desafia. E então Aquele que é fiel, envia os seus anjos para servi-lo. O que vemos em Jesus é um exemplo para vencermos as tentações. Os nossos desertos são muitos e podem ser localizados aqui na Canção Nova – Cachoeira Paulista onde moro e podem ser localizados aí na tua cidade, na tua casa. Podem ser na tua família, pode ser a escola, pode ser o trabalho. É nos locais onde vivemos, trabalhamos que a tentação aparece e faz transparecer o controle de si ou o terrível diabo que salta pelos olhos e pela boca.

Quero lembrar-te que esse tipo de reação não se trata com controles mentais ou técnicas de relaxamento ou por meio de uma consulta ao psicólogo ou psicanalista. Isso pode ajudar, mas a proposta da espiritualidade cristã diz que a vida interior só se resolve a partir do momento em que optamos por Deus. É o que fez Jesus. Pois, existe dentro de nós uma duplicidade: ou optamos por Deus e Ele nos serve, ou deixamos que nossos impulsos e instintos apareçam e estes tomam conta de nossa vida, a ponto de infernizá-la e então caímos nas malhas do diabo que nos domina o tempo todo.

A vida interior só se torna divinizada à medida que formos capazes de nos esvaziar de nós mesmos, de tirar de nós os instintos e os impulsos, para acolher com simplicidade, humildade e no espírito de pobreza, o que Deus nos oferece por meio do Seu Filho manso e humilde de coração.

Portanto, neste tempo quaresmal o nosso primeiro empenho é acolher o convite à conversão: CONVERTEI-VOS E CREDE NO EVANGELHO. E converter-se, hoje, significa considerar a vida interior de cada um de nós. Ver o que é mais saliente em nós: o lado divino ou o lado dos impulsos e instintos? O lado divino ou o lado humano? Lapidai-me ó Deus, para que convertido possa acolher o vosso Reino .  Acolhendo-o os vossos anjos me venham servir como fizeram a Jesus!

Fonte https://homilia.cancaonova.com


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