domingo, 11 de março de 2018

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 12,20-33 - 18.03.2018

Liturgia Diária
DIA 18 – DOMINGO   
5º DA QUARESMA

(roxo – 1ª semana do saltério)

Atraídos pelo amor de Cristo, viemos ao seu encontro. Pela experiência do grão que morre para nascer e produzir frutos, entendemos que seguir o Senhor implica comungar da sua vida e do seu destino. Glorifiquemos o santo nome de Deus, reconhecendo em seu Filho aquele que nos ensina a doar a vida em favor dos outros.

Evangelho: João 12,20-33

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João

– Naquele tempo, 20havia alguns gregos entre os que tinham subido a Jerusalém para adorar durante a festa. 21Aproximaram-se de Filipe, que era de Betsaida da Galileia, e disseram: “Senhor, gostaríamos de ver Jesus”. 22Filipe combinou com André, e os dois foram falar com Jesus. 23Jesus respondeu-lhes: “Chegou a hora em que o Filho do homem vai ser glorificado. 24Em verdade, em verdade vos digo, se o grão de trigo que cai na terra não morre, ele continua só um grão de trigo; mas, se morre, então produz muito fruto. 25Quem se apega à sua vida perde-a; mas quem faz pouca conta de sua vida neste mundo conservá-la-á para a vida eterna. 26Se alguém me quer servir, siga-me, e onde eu estou estará também o meu servo. Se alguém me serve, meu Pai o honrará. 27Agora, sinto-me angustiado. E que direi? ‘Pai, livra-me desta hora’? Mas foi precisamente para esta hora que eu vim. 28Pai, glorifica o teu nome!” Então, veio uma voz do céu: “Eu o glorifiquei e o glorificarei de novo!” 29A multidão que aí estava e ouviu, dizia que tinha sido um trovão. Outros afirmavam: “Foi um anjo que falou com ele”. 30Jesus respondeu e disse: “Essa voz que ouvistes não foi por causa de mim, mas por causa de vós. É agora o julgamento deste mundo. Agora o chefe deste mundo vai ser expulso, 32e eu, quando for elevado da terra, atrairei todos a mim”. 33Jesus falava assim para indicar de que morte iria morrer.

– Palavra da salvação.

Reflexão:

Alguns gregos demonstram interesse em conhecer Jesus. O Mestre atrai pessoas também de outros povos, não somente de judeus, pois a adesão a ele é universal, ou seja, todos os povos podem aderir a ele. Jesus anuncia aos seus discípulos, à sua comunidade, que sua hora chegou e qual é o caminho para produzir frutos: o grão de trigo tem de ser enterrado. Seu desaparecimento na terra não significa destruição. A mensagem é clara: o serviço e a doação produzirão frutos de vida em favor de muitos. Produz-se vida doando a própria vida. Ela é resultado do amor que se oferece. Amar é dar-se sem se poupar, até desaparecer, se for necessário. Jesus está perturbado, mas nem por isso deixa de ir até o fim, pois foi para isso que o Pai o enviou. Deus se manifesta em favor da vida do seu Filho, desde o início até o fim de sua missão. Somos convidados também nós a ver Jesus em seu duplo significado: o sofrimento e a glória. Essa parece ser a síntese do evangelho deste domingo. A própria cruz, sinal de sofrimento, deve ser vista junto com a glória da ressurreição.

(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Fonte https://www.paulus.com.br


Reflexão - Evangelho: João 12,20-33
«Se o grão de trigo que cai na terra não morre, fica só. Mas, se morre, produz muito fruto»

Rev. D. Ferran JARABO i Carbonell
(Agullana, Girona, Espanha)

Hoje a Igreja, no último trecho da Quaresma, o que nos propõe este Evangelho para ajudar-nos a chegar ao Domingo de Ramos bem preparados em vistas a vivermos estes mistérios tão centrais na vida cristã. A Via Crucis é para o cristão uma “via lucis”, morrer é um tornar a nascer, e ainda mais, é necessário morrer para viver de verdade.

Na primeira parte do Evangelho, Jesus diz aos Apóstolos: «Se o grão de trigo que cai na terra não morre, fica só. Mas, se morre, produz muito fruto» (Jo 12,24). Santo Agostinho comenta ao respeito: «Jesus diz de si mesmo “grão”, que havia de ser mortificado, para depois multiplicar-se; que tinha que ser mortificado pela infidelidade dos judeus e ser multiplicado para a Fe de todos os povos». O pão da Eucaristia, feito do grão de trigo, multiplica-se e parte-se para alimento de todos os cristãos. A morte de martírio é sempre fecunda. Por isso, «os que se apegam à vida», simultaneamente, a «perdem». Cristo morre para dar, com o seu sangue, fruto: nós temos de imitar-lo para ressuscitar com Ele e dar fruto com Ele. Quantos dão no silêncio da sua vida para o bem dos irmãos? Desde o silêncio e da humildade temos de aprender a ser grão que morre para tornar à Vida.

O Evangelho deste domingo acaba com uma exortação a caminhar à luz do Filho exaltado no alto da terra: «E quando eu for elevado da terra, atrairei todos a mim» (Jo 12,32). Temos que pedir ao bom Deus que em nós só haja luz e que Ele nos ajude a dissipar toda sombra. Agora é o momento de Deus, não lhe deixemos perder! «Estais dormidos? No tempo que se vos concedeu!» (São Ambrósio de Milão). Não podemos deixar de ser luz no nosso mundo. Como a lua recebe a sua luz do sol, em nós se há de ver a luz de Deus.

© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors


COMO VIVI A QUARESMA? Jo 12,20-33
HOMILIA

Estamos como que quase no fim da Quaresma. E como discípulos somos convidados a dedicar a vida a missão do anúncio da esperança e à comunicação de amor e vida, que é a glória de Deus. A “lei no coração” anunciada por Jeremias é o mandamento do amor comunicado por Jesus, que une a todos e traz a paz.

Estamos nos finais do tempo de graça para quem soube acolher o convite de Deus de considerar a “saúde” de sua vida interior. Graça, da mesma forma, para toda comunidade, pois com certeza, muitos de nós levaram a sério a proposta de cultivar a vida interior a partir do Evangelho, que indica uma mentalidade e um modo de viver e conviver com as pessoas. Trata-se, portanto, de uma celebração especial, no sentido que somos convidados a selar, a assinar esse empenho de cultivar a vida interior na ótica do Evangelho.

É hora de nos questionar até que ponto assumimos o compromisso de viver como cristão; até que ponto estamos comprometidos com o plano divino de colocar o Espírito de Deus entre nós, pela realização do projeto do Reino.

Em que colocas o teu coração? Com quem estabeleces relações? Fazer aliança com Deus e viver de acordo com o projeto divino faz com que as nossas relações sejam firmes e douradoras. Pois se trata de uma aliança que se assina com a vida, com aquilo que representa a centralidade da vida: o coração amoroso de Deus Pai. Ser infiel a esta Aliança é o mesmo que rasgar a vida, que desperdiçar a vida, que perder a vida, como diz Jesus no Evangelho: “quem quiser ganhar a vida, vai perdê-la”. Quem quiser colocar no seu coração outro projeto que não seja o de Deus, perde o sentido de viver. É por isso que antes de iniciar a celebração, fazemos o ato penitencial.

Isso de colocar Deus no coração, no centro da existência pessoal, não é tarefa fácil para ninguém de nós.

Em nossos dias as coisas parecem mais confusa que ontem. Somos como aqueles que estavam com Jesus e ouviram a voz divina, mas não souberam identifica-la, achando que fosse voz de anjos, trovões ou coisas assim. Existem tantas vozes que falam, que nos confunde em vez de nos ajudar a identificar o projeto divino. Por isso é preciso considerar a resposta que Jesus dá aos gregos que queriam ver Jesus para entender bem o sentido de colocar Deus como centro da vida interior. Colocar Deus no coração. Se aqueles gregos queriam ver um “Jesus famoso”, ou um “Jesus milagreiro”, ou um “Jesus pregador”… tiveram uma bela decepção. Jesus fala que o compromisso com o plano divino é exigente, a ponto de ter que morrer para viver de outro modo, exige desapego da própria vida e, principalmente, seu seguimento, assumindo a mentalidade do Evangelho. Quer dizer: viver de acordo com o Evangelho é um compromisso exigente só realizável por quem tem o Espírito de Deus dentro de si e o Espírito divino toma conta do coração quando se cultiva com a vida interior saudavelmente cristã e evangelizada.

O maior exemplo e o modelo da fidelidade ao plano de Deus é Jesus. Mesmo angustiado diante da sua “hora”, ele se mantém fiel e faz de sua obediência a glorificação do Pai. Foi entregando sua vida que ele plantou o Reino de Deus e coloca a vida de Deus dentro de quem se faz discípulo seu. O Plano de Deus foi plenamente realizado por Jesus. Hoje, este plano continua a ser realizado no mundo pelos discípulos de Cristo que têm o Espírito de Deus em seus corações. Por aqueles que levam a sério a Aliança divina, assinada no dia do Batismo. Por aqueles que não são cristãos de nome, mas assumem a mentalidade do Evangelho e fazem dele o seu modo de viver, de agir. Concluo com uma pergunta: o que está no centro de sua vida interior; qual a coisa mais importante que está em seu coração? O Espírito de Deus ou uma outra mentalidade, ajustada a este mundo? Vamos pensar nisso durante essa semana para tomar uma decisão sincera sobre nosso modo de ser cristão, a partir da Semana Santa.

Quaresma é tempo de preparação para a Páscoa. Duas são as atitudes fundamentais deste tempo para ti e para mim: a conversão do coração e a solidariedade para com os necessitados. A oração é o melhor meio para orientar a vida neste caminho.

Fonte http://homilia.cancaonova.com/



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