quinta-feira, 22 de março de 2018

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 11,45-56 - 24.03.2018

Liturgia Diária
DIA 24 – SÁBADO   
5ª SEMANA DA QUARESMA

(roxo – ofício do dia)

O que Ezequiel profetiza para animar os exilados se realiza na pessoa de Jesus. De seu trono, a cruz, ele reuniu todos para si, tornando-nos um único povo.

Evangelho: João 11,45-56

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João

– Naquele tempo, 45muitos dos judeus que tinham ido à casa de Maria e viram o que Jesus fizera, creram nele. 46Alguns, porém, foram ter com os fariseus e contaram o que Jesus tinha feito. 47Então os sumos sacerdotes e os fariseus reuniram o conselho e disseram: “O que faremos? Esse homem realiza muitos sinais. 48Se deixamos que ele continue assim, todos vão acreditar nele, e virão os romanos e destruirão o nosso lugar santo e a nossa nação”. 49Um deles, chamado Caifás, sumo sacerdote em função naquele ano, disse: “Vós não entendeis nada. 50Não percebeis que é melhor um só morrer pelo povo do que perecer a nação inteira?” 51Caifás não falou isso por si mesmo. Sendo sumo sacerdote em função naquele ano, profetizou que Jesus iria morrer pela nação. 52E não só pela nação, mas também para reunir os filhos de Deus dispersos. 53A partir desse dia, as autoridades judaicas tomaram a decisão de matar Jesus. 54Por isso, Jesus não andava mais em público no meio dos judeus. Retirou-se para uma região perto do deserto, para a cidade chamada Efraim. Ali permaneceu com os seus discípulos. 55A Páscoa dos judeus estava próxima. Muita gente do campo tinha subido a Jerusalém para se purificar antes da Páscoa. 56Procuravam Jesus e, ao reunirem-se no templo, comentavam entre si: “O que vos parece? Será que ele não vem para a festa?”

– Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: João 11,45-56
«Jesus iria morrer pela nação; e não só pela nação, mas também para reunir os filhos de Deus dispersos»

Rev. D. Xavier ROMERO i Galdeano
(Cervera, Lleida, Espanha)

Hoje, de caminho para Jerusalém, Jesus sente-se perseguido, vigiado, sentenciado, porque quanto maior e original tem sido sua revelação —o anuncio do Reino— mais ampla e mais clara tem sido a divisão e a oposição que ele encontrou nos ouvintes. «Então muitos judeus, que tinham ido à casa de Maria e que viram o que Jesus fez, acreditaram nele. Alguns, foram ao encontro dos fariseus e contaram o que Jesus tinha feito». (cf. Jo 11,45-46).

As palavras negativas de Caifás, «Vocês não percebem que é melhor um só homem morrer pelo povo, do que a nação inteira perecer?» (Jo 11,50), Jesus as assumirá positivamente na redenção feita por nós. Jesus, o Filho Unigênito de Deus, morre na cruz por amor a todos! Morre para realizar o plano do Pai, quer dizer, «E não só pela nação, mas também para reunir os filhos de Deus que estavam dispersos» (Jo 11,52).

E esta é a maravilha e a criatividade de nosso Deus! Caifás, com sua sentença («Convém que morra um só...») não faz mais que, por ódio, eliminar a um idealista; por outro lado, Deus Pai, enviando o seu Filho por amor a nós, faz algo maravilhoso: converter aquela sentença malévola em una obra de amor redentora, porque para Deus Pai, cada homem vale todo o sangue derramado por Jesus Cristo!

Daqui a uma semana cantaremos —em solene vigília— o Pregão Pascoal. A través dessa maravilhosa oração, a Igreja faz louvor ao pecado original. E não o faz porque desconheça sua gravidade, e sim porque Deus —em sua bondade infinita— tem feito proezas como resposta ao pecado do homem. Isto é, ante o “desgosto original”, Ele respondeu com a Encarnação, com o sacrifício pessoal e com a instituição da Eucaristia. Por isso, a liturgia cantará no próximo sábado: «Que assombroso beneficio de teu amor por nós! Que incomparável ternura e caridade! Oh feliz culpa que mereceu tal Redentor!».

Espero que nossas sentenças, palavras e ações não sejam impedimentos para a evangelização, uma vez que nós também recebemos de Cristo a responsabilidade, de reunir os filhos de Deus dispersos: «Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo» (Mt 28,19).

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NÃO JULGUEIS E NÃO SEREIS JULGADOS Jo 11,45-56
HOMILIA

A mensagem central de hoje e de todo o Evangelho de São João é que “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho Unigênito, para que não morra todo aquele que nele crê, mas, tenha a vida eterna” (Jo 3, 16). A presença de Jesus, como luz do mundo, divide inevitavelmente os seres humanos entre os que se decidem pela Luz e, por isso, ficam do lado da vida, e os que se decidem pelas trevas, ficando do lado da morte.

Assim, os fariseus, escribas e sacerdotes não descansaram enquanto não conseguiram um jeito de anular a pessoa de Jesus Cristo. Preocupados com a sua fama e a multiplicação dos milagres, estavam sem saber o que fazer. Foram muitos os enfrentamentos entre eles e Jesus, onde questionavam a pessoa de Cristo. Até que finalmente, os pontífices e os fariseus convocaram o conselho. E desde aquele momento resolveram tirar-lhe a vida.

Decidiram matar Jesus. Resolveram matá-lo por Ele fazer o bem. Curar e ressuscitar pessoas, aconselhar-nos a seguir o caminho reto, a não nos preocupar com o dia de amanhã, e a não ter medo, mas crer n’Ele e no Pai. E o que mais indignou os pontífices ou sumo sacerdotes, foi Ele dizer que era o Filho de Deus. Para os judeus, isso foi blasfêmia, mas na verdade, eles queriam apagar o concorrente. Então aquele conselho foi um pré-julgamento de Jesus, onde o Filho de Deus foi, de antemão, condenado.

Também nós condenamos e até mesmo “queimamos” os nossos concorrentes, arrumando um jeito de diminuir as suas qualidades: sejam no emprego, por ciúmes daqueles colegas que são mais capazes que nós, seja aquele cara forte que arrasa quando chega na área.

Jesus era consciente de que um efeito ainda que não desejado do seu trabalho, fosse ser causa de divisão entre os partidários do imobilismo e os que lutam por um mundo novo. Por isso inflamou a ira dos funcionários do templo e de todos os que se consideravam donos da verdade.

Aproximando-nos da festa da Páscoa, vamos ao encontro do Senhor da nova e eterna aliança. A Quaresma é ocasião oportuna para reforçarmos nossa decisão pela luz, que é Cristo, e ajudarmos os que estão nas trevas a optar pela luz e abandonar a morte.

Que esta quaresma, tempo favorável da graça de Deus, nos dê as forças necessárias para renovar nossos corações, e assim possamos viver a Páscoa do Senhor, que deseja devolver-nos a alegria de viver.

Precisamos tomar mais cuidado para não fazer como os líderes judaicos. Ter mais cuidado com os nossos pensamentos e palavras. E, lembrar, acima de tudo o que nos disse o Ressuscitado: “Não julguem e não serão julgados! Não condenem e não serão condenados!”

Fonte https://homilia.cancaonova.com


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