quarta-feira, 25 de abril de 2018

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 15,1-8 - 02.05.2018

Liturgia Diária

DIA 2 – QUARTA-FEIRA   
SANTO ATANÁSIO – BISPO E DOUTOR DA IGREJA

(branco – ofício da memória)

Atanásio (Egito, 295-373), bispo de Alexandria e corajoso defensor da doutrina cristã, transformava os exílios que sofria em inspiração para novos tratados teológicos. Celebrando a memória deste que é um dos quatro grandes doutores da Igreja oriental, pedimos a graça de, imitando seus passos, crescer na adesão aos ensinamentos do Senhor.

Evangelho: João 15,1-8

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João

– Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 1“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. 2Todo ramo que em mim não dá fruto, ele o corta; e todo ramo que dá fruto, ele o limpa, para que dê mais fruto ainda. 3Vós já estais limpos por causa da palavra que eu vos falei. 4Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo se não permanecer na videira, assim também vós não podereis dar fruto se não permanecerdes em mim. 5Eu sou a videira, e vós, os ramos. Aquele que permanece em mim, e eu nele, esse produz muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. 6Quem não permanecer em mim será lançado fora como um ramo e secará. Tais ramos são recolhidos, lançados no fogo e queimados. 7Se permanecerdes em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vos será dado. 8Nisto meu Pai é glorificado: que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos”.

– Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/

Reflexão - Evangelho: João 15,1-8
“Eu sou a verdadeira Videira e meu Pai é o agricultor.”

No Evangelho de hoje, podemos ver que Jesus nos afirma: “Eu sou a verdadeira videira e meu Pai é o agricultor.” (Jo 15,1) Esta imagem da videira ajuda-nos entender a importância de permanecer unidos a Jesus, pois só podemos dar bons frutos se permanecermos unidos a grande videira dos filhos de Deus. Aqueles que permanecem em comunhão com Jesus são aqueles que produzem bons e abundantes frutos. Não estar em comunhão com o Senhor é correr o risco de se secar e ser cortado fora da videira. O julgamento não será feito a partir de obras grandiosas, mas naquilo que mais importa a Jesus: o amor! Devemos dar frutos pelo amor, pois Ele mesmo diz:“Ninguém tem maior amor do que aquele dá a vida por seus amigos.” (Jo 15,13).

Devemos assumir estas palavras do Senhor Jesus, defendendo os mais indefesos e marginalizados e trazendo-os para a fonte dessa videira.

Com isso, uma grande garantia é concedida aos que permanecem unidos à Sua Palavra: “Se permanecerdes em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vós o tereis.” (Jo 15, 7).

Fonte http://franciscanos.org.br/


JESUS, A VIDEIRA Jo 15,1-8
HOMILIA

Podemos fazer coisas boas e maravilhosas humanamente falando. Mas a verdadeira bondade, que nos projeta na santidade de vida só a encontramos naquele que passou por este mundo fazendo o bem! Ele hoje nos chama a seguir as suas pegadas. Jesus se auto-proclama a videira cujo dono é o seu Pai. Eu sou a videira verdadeira, e o meu Pai é o lavrador.  Existe uma estreita relação entre a simples árvore e o lavrador, ou seja, o dono. Ele trata dela com muitos cuidados esperando que no devido tempo possa dar uvas que produzam o delicioso vinho.

A metáfora que Jesus usa neste evangelho quer realçar primeiro a intima relação d’Ele com o seu Pai e depois a nossa ligação com Ele. Somos chamados a estar ligados, enxertados n’Ele para que possamos dar frutos.

A íntima inserção dos ramos no tronco da videira é uma sugestiva imagem da unidade entre os discípulos e Jesus.

Dar fruto é o grande desafio. Não nos podemos conformar com uma paz aparente, só de “sombra e água fresca”, onde a falta de coragem abunda decididamente! Somos conhecidos pelos frutos que damos! E cada um de nós – a responsabilidade é individual! Por vezes temos tendência a delegar a função de “fazer discípulos”, de “pregar o bem”, de “dar fruto”, somente aos que, duma forma generosa e mais aberta, consagraram a sua vida a Deus. Mas não foi isso que Jesus disse! Jesus foi taxativo.

Todos os ramos desta Videira devem produzir os mesmos frutos, os bons frutos. O prolongamento desta Videira Verdadeira não pode produzir maus frutos. A não ser que sejam maus ramos! Estes ramos têm que ser cortados e lançados ao fogo, pois os ramos da videira Jesus não podem, de forma alguma, produzir frutos ruins, nem tão-pouco ser estéreis. Os ramos que produzem o fruto ruim vêm de outra videira. Pergunto-te. Que tipo de frutos tens dado ao teu pai, mãe, esposa, esposo, filho, filha, vizinho, colega? Em que tipo de videira enxertado (a)?  Você viu. Por haver uma relação indivisível entre Jesus e o Pai, Ele passou por este mundo fazendo o bem. Porque Deus é o sumo bem sua essência é a Bondade Seu filho não poderia ser outra coisa! Sê tu também um com Cristo e produzirás frutos bons.

Pai reforça minha união com teu Filho Jesus, de quem dependo para produzir os frutos que esperas de mim.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho (Mt 13,54-58) - 01.05.2018

Liturgia Diária

COR LITÚRGICA: BRANCO
São José Operário - Terça-feira

Evangelho (Mt 13,54-58)

— O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 54dirigindo-se para a sua terra, Jesus ensinava na sinagoga, de modo que ficavam admirados. E diziam: “De onde lhe vem essa sabedoria e esses milagres? 55Não é ele o filho do carpinteiro? Sua mãe não se chama Maria, e seus irmãos não são Tiago, José, Simão e Judas? 56E suas irmãs não moram conosco? Então, de onde lhe vem tudo isso?” 57E ficaram escandalizados por causa dele. Jesus, porém, disse: “Um profeta só não é estimado em sua própria pátria e em sua família!” 58E Jesus não fez ali muitos milagres, porque eles não tinham fé.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

Fonte http://liturgia.cancaonova.com/liturgia/


Reflexão - Evangelho (Mt 13,54-58)
“De onde vem a sabedoria dele e o seu poder?”

Seus conterrâneos, talvez por baixa auto-estima,mas sobretudo, pela falta de fé, questionam a origem da autoridade dele: “De onde vem a sabedoria dele e o seu poder?” Não conseguem compreender que um conhecido deles seja Filho de Deus. E o rejeitam.. O Mestre vive uma experiência semelhante à dos profetas que também foram rejeitados, desprezados, até mortos de forma cruel.. “Porque eles não tinham fé”, Jesus, não pode fazer ali, em Nazaré, muitos milagres.

Fonte: Paulinas


JESUS É REJEITADO EM NAZARÉ Mt 13,54-58
HOMILIA

Os conterrâneos de Jesus O tinham visto partir como filho de carpinteiro, e agora O reencontram como Mestre, rodeado de discípulos. É uma novidade que interpretam somente como vantagem social. Isso os impede de acolherem a Palavra de Deus e a explicação das Escrituras e a Sua revelação como o Ungido de Deus. Vista a posição de Jesus neste prisma cria-se neles a impressão de que Jesus partiria acabando por deixá-los outra vez na sua pobreza.

A sabedoria de Jesus deixou intrigada a população de Nazaré, onde ele vivera desde a infância: De onde lhe vinham tanta sabedoria e o poder de fazer milagres? Não era possível que o filho de um carpinteiro, bem conhecido no povoado, manifestasse uma sabedoria maior que a dos grandes mestres. Era inexplicável como alguém, cujos parentes nada tinham de especial, falasse com tamanha autoridade. Os concidadãos de Jesus suspeitavam dele, e não acreditavam que estivesse falando e agindo por inspiração divina. Por este motivo, o Mestre tornou-se para eles motivo de escândalo.

Na última parte do texto de hoje, Jesus nos dá um puxão de orelha. Porque muitas vezes fechamos os nossos ouvidos para acolher o conselho, a advertência e o ensino daqueles que são nossos parentes, familiares, vizinhos ou conhecidos. E por outro encoraja-nos a não desistirmos da nossa missão de anunciar o reino de Deus seja a que custo for. Jesus nos ensina que a tarefa é dura. E, sobretudo, quando se trata de evangelizar a partir de dentro de casa. Para Jesus também não foi fácil ser profeta na sua casa, na sua família. As pessoas duvidavam dele, não queriam acreditar no Seu poder e por isso mesmo Ele não fez ali muitos milagres.

A experiência de rejeição não chegou a desanimar Jesus. Ele se deu conta de estar vivendo uma situação semelhante à dos antigos profetas de Israel. Nenhum deles foi aceito e reconhecido pelo povo ao qual tinham sido enviados. Antes, todos foram desprezados e humilhados, quando não, assassinados de maneira perversa e desumana.

Jesus não perdeu tempo com quem se obstinava em não aceitá-lo. Por isso, não realizou em Nazaré muitos milagres. Seria perda de tempo, acarretaria ainda mais maledicência, acirraria os ânimos do povo. Por isso, seguiu em frente, buscando quem estivesse aberto para deixar-se tocar por sua mensagem. O fracasso não o abateu nem atenuou o ardor com que realizava a missão que o Pai lhe tinha confiado.

Jesus é Aquele irmão que Deus nosso Pai nos enviou para nos mostrar o caminho que nos leva para o Céu. E então, precisamos estar atentos para acolher as pessoas que dentro da nossa casa nos abrem os olhos e são instrumentos de Deus para nossa conversão. Ouvidos atentos e coração aberto, porque o Senhor fala por meio de quem nós nunca nem esperávamos que falasse. Muitas vezes Deus nos manda Seus emissários que nos aconselham com palavras de sabedoria que Ele próprio sugeriu para nós. Porém, por ser essa pessoa, simplesmente alguém que é muito conhecido nosso, nós desprezamos as recomendações de Deus. Nesse caso, os milagres também não acontecem na nossa vida, e muitos problemas nunca serão solucionados por causa da nossa impertinência.

Pai, livra-me da tentação de querer enquadrar-te em meus mesquinhos esquemas. Que eu saiba reconhecer e respeitar o teu modo de agir.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho - Jo 14,21-26 - 30.04.2018

Liturgia Diária

DIA 30 – SEGUNDA-FEIRA   
5ª SEMANA DA PÁSCOA

(branco – ofício do dia)

O Espírito Santo nos ensina tudo o que é fundamental e nos ajuda a guardar os mandamentos de Jesus, que produzem fraternidade com ele, vida para os irmãos e relação filial com Deus.

Fonte https://www.paulus.com.br

Evangelho - Jo 14,21-26

O Defensor, o Espírito Santo, que o Pai enviará ele vos ensinará tudo

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 14,21-26

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:
21Quem acolheu os meus mandamentos e os observa,
esse me ama.
Ora, quem me ama,
será amado por meu Pai,
e eu o amarei e me manifestarei a ele.
22Judas - não o Iscariotes - disse-lhe:
'Senhor, como se explica
que te manifestarás a nós
e não ao mundo?'
23Jesus respondeu-lhe:
'Se alguém me ama, guardará a minha palavra,
e o meu Pai o amará,
e nós viremos
e faremos nele a nossa morada.
24Quem não me ama,
não guarda a minha palavra.
E a palavra que escutais não é minha,
mas do Pai que me enviou.
25Isso é o que vos disse enquanto estava convosco.
26Mas o Defensor,
o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome,
ele vos ensinará tudo
e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito.
Palavra da Salvação.

Fonte http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/


Reflexão - Evangelho - Jo 14,21-26
<<O Defensor, o Espírito Santo, que o Pai enviará ele vos ensinará tudo>>

Segundo o Evangelho de hoje, o amor a Jesus Cristo se manifesta no acolhimento dos seus mandamentos e na observância dos mesmos. Com isso, percebemos que Jesus não quer a submissão do homem a ele, mas comunhão do homem com ele. Quando o homem acolhe os seus mandamentos, na verdade está descobrindo os valores que são o seu fundamento e assumindo esses valores como causa primeira da sua felicidade. Assim, a observância dos mandamentos não significa mera obediência, mas caminho para a construção da felicidade pessoal e comunitária, e este caminho é perfeito porque tem a sua origem no próprio Deus.

Fonte http://franciscanos.org.br/


OBEDIÊNCIA À PALAVRA Jo 14,21-26
HOMILIA

A maior prova do amor à Jesus passa pela obediência, não cega mas sim iluminada pela fé nas palavras e obras do Mestre. Jesus inspira e fundamenta nossas ações e nosso modo de viver. Seu exemplo de amor e de misericórdia nos arrasta para a contemplação da beleza da vida e a certeza da vida eternidade em Deus.

Observar e obdecer suas palavras é seguir o caminho, ao longo do qual se dá o encontro com o Pai na vivência da partilha, da fraternidade e da solidariedade com os excluídos e oprimidos da nossa sociedade.

No seu amor nos tornamos sacramentos da vida, sinais visíveis de sua presença entre nós. Ai brota nossa responsabilidade cristã: manifestá-lo ao e no mundo! Muitas vezes nos ocupamos com coisas inúteis! Deixndo de lado o fundamental. Não percamos tempo em coisas que não são essenciais para nossa vida, deixando-nos conduzir por aquelas que nos aproximam dele e sobretudo da Palavra.

Pela palavra todos nós somos orientados para participamos da vida do Único e verdadeiro Deus, O de Jesus Cristo, para que abraçando o dom da fé consigamos descobrir quer a nossa origem quer o nosso destino, a nossa pátria definitiva.

O encontro, a comunhão com a vida divina e eterna são o conteúdo da Palavra que com intensidade e fervor Jesus anunciou ou Apóstolos, discípulos e continua dirigindo à nós. Depois de tudo o que Jesus fez e falou, já não há motivos de dúvidas nem de desespero. Até porque a santidade do nosso viver ainda na terra é garantida pela força vivificadora do Espírito Santo.

A missão do Espírito Santo é recordar tudo o que Jesus disse, fez e ensinou. Ele nos revela a presença real de Jesus entre nós, iluminando sua Palavra e fortalece a nossa fé enquanto entre dores, dificuldades, tristeza, traições vemos como que entre sombras e, mas também entre alegrias, vitórias e triunfos, vislumbramos com toda a certeza enquanto, caminhamos a manifestação gloriosa de Deus, nosso Pai.

Cabe a mim e a você meu irmão minha irma ser obediente à Palavra feita Carne! Deixe a luz do Céu entrar no seu coração. Abra bem as portas da sua alma, do seu espírito para que transfigurado (a) pela Palavra fique cheio (a) de esperança de ver chegar a hora de vencer, triunfar sobre tudo e todos em nome e no poder de Jesus.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Jo 15,1-8 - 29.04.2018

Liturgia Diária

DIA 29 – DOMINGO   
5º DA PÁSCOA

(branco – 1ª semana do saltério)

Cantemos as maravilhas de Deus unidos a Cristo, a videira da qual recebemos a seiva que nutre a nossa vida. Vivendo a fé no seu nome, participamos da vida divina e nos tornamos ramos vivos e férteis que produzem abundantes frutos de amor e bondade. A Eucaristia que vamos celebrar nos anime a guardar os mandamentos que o Senhor nos deixou, para que sejamos fiéis discípulos seus e glorifiquemos o Pai em todas as nossas ações.

Evangelho: Jo 15,1-8

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 1“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. 2Todo ramo que em mim não dá fruto ele o corta; e todo ramo que dá fruto, ele o limpa, para que dê mais fruto ainda. 3Vós já estais limpos por causa da palavra que eu vos falei. 4Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós não podereis dar fruto, se não permanecerdes em mim.

5Eu sou a videira e vós os ramos. Aquele que permanece em mim e eu nele, esse produz muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. 6Quem não permanecer em mim, será lançado fora como um ramo e secará. Tais ramos são recolhidos, lançados no fogo e queimados. 7Se permanecerdes em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vos será dado. 8Nisto meu Pai é glorificado: que deis muito fruto e vos torneis meus discípulos.

— Palavra da Salvação.

Fonte http://liturgia.cancaonova.com/


Reflexão - Evangelho: Jo 15,1-8
«Nisto meu Pai é glorificado: que deis muito fruto»

Rev. D. Joan MARQUÉS i Suriñach
(Vilamarí, Girona, Espanha)

Hoje, o Evangelho apresenta-nos a alegoria da videira e os ramos. Cristo é a verdadeira videira, nós somos os ramos e o Pai o agricultor.

O Pai pretende que demos fruto. É logico. Um agricultor semeia a videira e a cultiva para que produza fruto abundante. Se criarmos uma empresa, vamos querer que produza. Jesus insiste: «Fui eu que vos escolhi e vos designei, para dardes fruto» (Jo 15,16).

És um escolhido. Deus te olhou. Pelo Batismo te enxertou na videira que é Cristo. Tu tens a vida de Cristo, a vida cristã. Possuis o elemento principal para dar fruto: a união com Cristo, porque «o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira» (Jo 15,4). Jesus o disse taxativamente: «sem mim, nada podeis fazer» (Jo 15,5). «Sua força é suavidade; nada tão brando como isto, e nada como isto tão firme» (São Francisco de Sales). Quantas coisas quiseste fazer afastado de Cristo? O fruto que o Pai espera de nós é aquele das boas obras, da prática das virtudes. Qual é a união com Cristo que nos faz capazes de dar este fruto? A fé e a caridade, ou seja, permanecer em graça de Deus.

Quando vives em graça, todos os atos de virtude são frutos agradáveis ao Pai. São obras que Jesus Cristo faz através de ti. São obras de Cristo que dão glória ao Pai e convertem-se em céu para ti. Vale a pena viver sempre em graça de Deus! «Quem não permanecer em mim [pelo pecado] será lançado fora, como um ramo, e secará; depois (…) são lançados ao fogo e queimados» (Jo 15,6). É uma clara alusão ao inferno. Eres como um ramo cheio de vida?

Que a Virgem Maria ajude-nos a aumentar a graça para produzirmos frutos em abundância que deem glória ao Pai.

© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors


PERMANEÇA NA VERDADEIRA VIDEIRA Jo 15,1-8
HOMILIA

A produção de fruto é a principal responsabilidade da videira. Jesus exortou os ramos a produzirem muito fruto, a deixar esse fruto permanecer e advertiu que os ramos infrutíferos seriam arrancados. Que fruto espera-se que o ramo cristão produza? Primeiramente, justiça. Esta era a qualidade de uva que o Senhor esperava de sua vinha em Isaías 5, Rm 6:22; Hb 12:11; Fl 1,11; Ef 5,9; e Gl 5:22-23).

Em segundo lugar o fruto inclui as boas obras Cl 1,10, partilhar as posses com os irmãos necessitados Rm 15:28, louvar a Deus Hb 13,15 e ganhar almas Pv 11:30; Jô 4:36; Rm 1:13. Qualquer que seja o fruto, ele tem que ser produzido, em grande quantidade e continuamente.

Para que nós sejamos ramos frutíferos precisamos ouvir e guardar bem as palavras do da verdadeira videira: Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda. Para que mais uvas cresçam, o Senhor poda os ramos, removendo os rebentos inúteis e tudo o que poderia desviar a força vital da produção. A poda é dolorosa, mas necessária porque muitas coisas sugam nossa força e nos impedem de dedicarmo-nos à produtividade. Precisamos de uma boa capina e poda. Portanto deixa-se corrigir. A outra coisa exigida para produção de fruto é permanecer na videira. Sem a ligação vital com a videira, o próprio ramo murcha e morre. Isto leva à segunda responsabilidade principal desta passagem.

Permanecer em Jesus é essencial para viver e frutificar. Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (15:4-5). Para produzir fruto precisamos manter uma ligação ininterrupta, uma relação ativa e constante com Jesus.

Aqueles ramos que permanecem em Cristo produzem muito fruto, pois, casos contrários serão colhidos e lançados no fogo. É a pura verdade que Jesus nos diz: sem mim nada podeis fazer. Separado de Jesus, você nada pode fazer nada para melhorar a sua, vida, sua família, sua alma e nem sua relação com Deus. Muitos tentam andar sós, pensando que sua bondade e discernimento produzirão fruto sem se apoiar no Senhor. Se você também está pensando e agindo desta maneira está enganado (a). Somente através de Jesus somos capazes de cumprir a justiça e a verdade que o Senhor espera que produzamos.

Para isso Jesus permanece em nós através de suas palavras: Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós. Alguns buscam divorciar Jesus do que ele diz e procuram uma relação com ele sem prestar cuidadosa atenção à palavra dele. Eles dependem de sentimentos, emoções e experiências. Mas, de fato, Jesus mora em nós somente até o ponto em que sua palavra e seus ensinamentos permanecem em nós. Precisamos lembrar-nos constantemente do que Jesus disse e meditar nisso de modo que ele possa viver poderosamente em nós. O outro modo pelo qual Jesus permanece em nós é ao guardarmos os seus mandamentos: Se guardardes os meus mandamentos permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço.

Portanto, minha irmã, eu irmão, em Cristo, a videira, temos que cumprir seu propósito frutificando, permanecendo nele, guardando seus mandamentos. Peça ao Pai a graça de permancecer na Verdadeira Videira: Pai reforça minha união com teu Filho Jesus, de quem dependo para produzir os frutos que esperas de mim. Amém!

A você que é mãe permaneça unida à Maria, a mulher simples, humilde, cheia de fé, esperança e confiança em Deus. Por isso Deus a tornou a Cheia de Graça. Louve e agradeça a Deus por seres mulher. Parabéns e seja Feliz neste seu dia. Deus a abençoe!

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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terça-feira, 24 de abril de 2018

LITURGIA E HOMILIA GERAL - Evangelho: João 14,7-14 - 28.04.2018

Liturgia Diária

DIA 28 – SÁBADO   
4ª SEMANA DA PÁSCOA

(branco – ofício do dia)

Como Igreja missionária, somos impelidos a levar a mensagem do evangelho aos confins do universo, para proporcionar a todos a experiência com Cristo e o conhecimento do Pai.

Evangelho: João 14,7-14

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João

– Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 7“Se vós me conhecêsseis, conheceríeis também o meu Pai. E desde agora o conheceis e o vistes”. 8Disse Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, isso nos basta!” 9Jesus respondeu: “Há tanto tempo estou convosco e não me conheces, Filipe? Quem me viu, viu o Pai. Como é que tu dizes: ‘Mostra-nos o Pai’? 10Não acreditas que eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo, mas é o Pai que, permanecendo em mim, realiza as suas obras. 11Acreditai-me, eu estou no Pai, e o Pai está em mim. Acreditai, ao menos, por causa dessas mesmas obras. 12Em verdade, em verdade vos digo, quem acredita em mim fará as obras que eu faço e fará ainda maiores do que estas. Pois eu vou para o Pai, 13e o que pedirdes em meu nome, eu o realizarei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. 14Se pedirdes algo em meu nome, eu o realizarei”.

– Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br


Reflexão - Evangelho: João 14,7-14
«E o que pedirdes em meu nome, eu o farei»

Rev. D. Iñaki BALLBÉ i Turu
(Terrassa, Barcelona, Espanha)

Hoje, quarto Sábado de Páscoa, a Igreja convida-nos a considerar a importância que tem para um cristão, conhecer Cristo cada vez mais. Com que ferramentas contamos para o fazer? Com diversas e, todas elas, fundamentais: a leitura atenta e meditada do Evangelho; nossa resposta pessoal na oração, esforçando-nos para que seja um verdadeiro diálogo de amor, e não um mero monólogo introspectivo, e o desejo renovado diariamente por descobrir Cristo no nosso próximo mais imediato de nós: um familiar, um amigo, um vizinho que talvez necessite da nossa atenção, do nosso conselho, da nossa amizade.

«Senhor, mostra-nos o Pai», pede Filipe (Jo 14,8). Uma boa petição para que a repitamos durante todo este Sábado. —Senhor, mostra-me o teu rosto. E podemos perguntar-nos: como é o meu comportamento? Os outros, podem ver em mim o reflexo de Cristo? Em que coisa pequena poderia lutar hoje? Aos cristãos nos é necessário descobrir o que há de divino na nossa tarefa diária, a marca de Deus no que nos rodeia. No trabalho, na nossa vida de relação com os outros. E também se estamos doentes: a falta de saúde é um bom momento para nos identificarmos com Cristo que sofre. Como disse Santa Teresa de Jesus, «Se não nos determinarmos a engolir de uma vez a morte e a falta de saúde, nunca faremos nada».

O Senhor no Evangelho assegura-nos: «Se pedirdes algo em meu nome, eu o farei» (Jo 14,13). —Deus é o meu Pai, que vela por mim como um Pai amoroso: não quer para mim nada de mau. Tudo o que passa —tudo o que me passa— é para o bem da minha santificação. Ainda que, com o olhos humanos, não o entendamos. Ainda que não o entendamos nunca. Aquilo —o que quer que seja – Deus o permite. Confiemos nele da mesma maneira que confiou Maria.

© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors


AINDA NÃO ME CONHECES? Jo 14,7-14
HOMILIA

Estas palavras são fundamentais não só para Filipe, quanto para nós. Pois nelas vemos a clara epifania ou seja manifestação da humanidade do rosto do Pai na pessoa do Filho: Jesus.

Ve-lo à Ele é ver o próprio Deus. Esta verdade é tão verdadeira que foi o próprio Filho de Deus quem no-la deu a conhecer: Há tanto tempo que estou convosco, e ainda não me conehces Filipe? São sabes que quem me vê, vê o Pai?

Filipe como muitos dos nossos irmãos hoje, ainda não tinha compreendido a verdade segundo a qual, o Filho estava em perfeita sintonia com o Pai. Numa interelação total. Era necessário que se desvendasse, derrubasse a parece que lhe impediar de reconhecer Deus Pai no Filho testemunhado pela pomba, no ato monte da transfiguração. «Este é o meu Filho muito amado, no qual pus todo o meu agrado. Escutai-o.» Mt 17, 1-9 .

Ao sermos conviadados a escutar a palavra de Jesus neste texto, o Pai se dá aconhecer, assim como quer revelar no seu Filho a sua vontade. Portanto, não nos bastará ouvir, escutar. Será necessário fazer uma mudança radical. Uma experiência viva das obras do amor de Jesus, que são as obras do Pai. Pois, o Pai, que está em mim, é quem faz o seu trabalho. Creiam no que lhes digo: eu estou no Pai e o Pai está em mim.

Ao acreditarmos em Jesus, somos movido a assumir as suas obras em vista da promoção da vida plena para todos. Procuremos ver o rosto de Deus nos rostos das pessoas por Ele amadas: Talvez me perguntes como aquele jovem do evangelho de Lc 10:25-35, ‘mas quem é o meu próximo’? A resposta é simples. São os pecadores, os pobres, os simples, os humildes, os marginalizados, os andarílios, os doentes, os encarcerados, as prostitutas, os alcólatras e tantas outras. Alías « quanto pior for a pessoa com quem convives melhor será para ti»!

Por quê? Assim com fé, confiança e esperança na conversão desta pessoa te convertes num verdadeiro orante e melhor exercitaráss a caridade, a paciência, a misericórdia, o perdão, o amor de Deus que se Deus no Filho para o perdão dos nossos pecados e salvação das nossas almas. Esta é a glória do Pai, que é a glória de Jesus, à qual os discípulos são chamados a participar.

Como discípulos eu e tu somos interpelados. Peças ao Senhor que nos dê esta graça de sermos um em Jesus seu Filho, para que o mundo reconheça em nós Jesus Cristo, o enviado do Pai ao mundo cuja missão é a libertação da opressão e a construção do mundo novo de fraternidade e justiça.

Fonte https://homilia.cancaonova.com


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segunda-feira, 23 de abril de 2018

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 14,1-6 - 27.04.2018

Liturgia Diária

DIA 27 – SEXTA-FEIRA   
4ª SEMANA DA PÁSCOA

(branco – ofício do dia)

Morto pela maldade humana e ressuscitado pelo amor de Deus, Jesus se apresenta a nós como o caminho a ser seguido, a verdade a ser crida e anunciada e a vida a ser imitada.

Evangelho: João 14,1-6

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João

– Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 1“Não se perturbe o vosso coração. Tendes fé em Deus, tende fé em mim também. 2Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fosse, eu vos teria dito. Vou preparar um lugar para vós 3e, quando eu tiver ido preparar-vos um lugar, voltarei e vos levarei comigo, a fim de que, onde eu estiver, estejais também vós. 4E para onde eu vou, vós conheceis o caminho”. 5Tomé disse a Jesus: “Senhor, nós não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho?” 6Jesus respondeu: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim”.

– Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/

Reflexão -Evangelho: João 14,1-6
«Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim»

Rev. D. Josep Mª MANRESA Lamarca
(Valldoreix, Barcelona, Espanha)

Hoje, nesta sexta-feira da IV semana da Páscoa, Jesus nos convida à calma. A serenidade e a alegria fluem como um rio de paz, desde o seu Coração ressuscitado até o nosso, agitado e inquieto, muitas vezes sacudido por um ativismo tão febril como estéril.

São os nossos tempos de agitação, nervosismo e estresse. Tempos nos quais o pai da mentira infectou as inteligências dos homens, fazendo-os chamar bem ao mal e mal ao bem, tomando luz por obscuridade e obscuridade por luz, semeando em suas almas a dúvida e o ceticismo que nelas queimam todo broto de esperança em um horizonte de plenitude que o mundo, com suas adulações, não sabe nem pode dar.

Os frutos de tão diabólica empresa ou atividade são evidentes: a falta de sentido e a perda de transcendência que se apoderaram de tantos homens e mulheres que não apenas se esqueceram, mas também se extraviaram do Caminho, porque o desprezaram antes. Guerras, violências de todo gênero, intransigência e egoísmo diante da vida (anticoncepção, aborto, eutanásia…), famílias destruídas, juventude “desnorteada”, e um grande etcétera, constituem a grande mentira sobre a qual se sustenta boa parte do triste andaime da sociedade de tão alardeado “progresso”.

No meio de tudo, Jesus, o Príncipe da Paz, repete aos homens de boa vontade, com sua mansidão infinita: «Não se perturbe o vosso coração! Credes em Deus, crede também em mim» (Jo 14, 1). À direita do Pai, ele acalenta, como um benévolo sonho de sua misericórdia, o momento de ter-nos junto a ele, «a fim de que, onde eu estiver, estejais vós também» (Jo 14, 3). Não podemos nos escusar como Tomé. Nós sabemos o caminho. Nós, por pura graça, conhecemos, sim, a senda que conduz ao Pai, em cuja casa há muitas moradas. No céu nos espera um lugar que ficará para sempre vazio se não o ocuparmos. Aproximemo-nos, pois, sem temor, com ilimitada confiança de Aquele que é o único Caminho, a irrenunciável Verdade e a Vida em plenitude.

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JESUS, O CAMINHO PARA O PAI Jo 14,1-6
HOMILIA

Diante de tantas dificuldades pelo que passamos: situação de traições, abandono, desconfiança, injustiças, calúnias, fofocas, doenças, desemprego, complicada situação financeira. Assim como ontem ante a sua partida para o Céu, Jesus confortou os seus discípulos para que não se preocupassem, assim também hoje e neste evangelho acontece. Nos direge palavras de conforto. Ele mostra-nos que não nos deixa abandonados.

O nosso Deus é um Deus presente. É preciso vivermos a certeza de que Ele está no meio de nós dando-nos forças e coragem para que cada dia avancemos seguindo rumo à meta. Sabemos que o caminho é duro de mais. E Muitas vezes parece infindo. E o melhor e sentar e desistir. Todavia, meu filho, minha filha, o mérito, a vitória, o segredo ou seja o trunfo de tudo isto está saber que enquanto caminhamos ouçamos e sintamos ecoar dentro de nós as santas palavras de Jesus: Não se perturbe o vosso coração. Creiam em Deus e creiam também em mim.

Com Jesus e por Jesus nós somos mais do vencedores. Ele é a única solução da nossa vida. Ele é o caminho que nos conduz à casa do seu e nosso Pai. Quero relembrar a figura da porta. Jesus é a porta de entrada para a casa do Pai.

Se com fé, confiança e perseverança clamares por Ele. Virá ergué-lo ainda que estejas no fundo do poço. Por com Jesus e pela força da oração tudo pode ser mundado.

Isto não são falácias, sofismas. Quem nos garante é ele mesmo: quando eu for e preparar um lugar para vocês, voltarei e os levarei comigo para que onde eu estiver vocês estejam também.

Na dúvida de Tomé, Jesus já respondeu a minha e a sua dúvida. Portanto, creia, acredite, professe a sua fé em Jesus que é o caminho, a verdade e a vida que nos conduz até Deus nosso Pai.

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LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 13,16-20 - 26.04.2018

Liturgia Diária

DIA 26 – QUINTA-FEIRA   
4ª SEMANA DA PÁSCOA

(branco – ofício do dia)

O Senhor nos reúne como seus discípulos, chamando-nos a discernir o projeto de Deus nos acontecimentos da história e ser fiéis ao espírito de serviço que nos propôs como atitude de vida.

Evangelho: João 13,16-20

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João

– Depois de lavar os pés dos discípulos, Jesus lhes disse: 16“Em verdade, em verdade vos digo, o servo não está acima do seu senhor e o mensageiro não é maior que aquele que o enviou. 17Se sabeis isso e o puserdes em prática, sereis felizes. 18Eu não falo de vós todos. Eu conheço aqueles que escolhi, mas é preciso que se realize o que está na Escritura: ‘Aquele que come o meu pão levantou contra mim o calcanhar’. 19Desde agora vos digo isso, antes de acontecer, a fim de que, quando acontecer, creiais que eu sou. 20Em verdade, em verdade vos digo, quem recebe aquele que eu enviar me recebe a mim; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou”.

– Palavra da salvação.

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Reflexão - Evangelho: João 13,16-20
«Depois de lavar os pés dos discípulos...»

Rev. D. David COMPTE i Verdaguer
(Manlleu, Barcelona, Espanha)

Hoje, como naqueles filmes que começam lembrando um fato passado, a liturgia faz memória de um gesto que pertence à Quinta-feira Santa: Jesus lava os pés dos discípulos (cf. Jo 13,12). Assim, esse gesto —lido desde a perspectiva da Páscoa— recobra uma vigência perene. Observemos, somente, três ideias.

Em primeiro lugar, a centralidade da pessoa. Na nossa sociedade parece que fazer é o termômetro do valor de uma pessoa. Dentro dessa dinâmica é fácil que as pessoas sejam tratadas como instrumentos; facilmente utilizamo-nos uns aos outros. Hoje, o Evangelho nos urge a transformar essa dinâmica em uma dinâmica de serviço: o outro nunca é um puro instrumento. Tentaria-se de viver uma espiritualidade de comunhão, onde o outro —em expressão de João Paulo II— chega a ser “alguém que me pertence” e um “ dom para mim”, a quem temos de “dar espaço”. A nossa língua o tem apanhado felizmente com a expressão: “estar pelos demais” Estamos pelos demais? Escutamos-lhes quando nos falam?

Na sociedade da imagem e da comunicação, isto não é uma mensagem a transmitir, senão uma tarefa a cumprir, a viver cada dia: «sereis felizes se o puserdes em prática» (Jo 13,17). Talvez por isso, o Mestre não se limita a uma explicação: imprime o gesto de serviço na memória daqueles discípulos, passando logo à memória da Igreja; uma memória chamada constantemente a ser uma vez mais gesto: na vida de tantas famílias, de tantas pessoas.

Finalmente, um sinal de alerta: «Aquele que come do meu pão levantou contra mim o calcanhar» (Jo 13,18). Na Eucaristia, Jesus ressuscitado se faz o nosso servidor, nos lava os pés. Mas não é suficiente com a presença física. Temos que aprender na Eucaristia e tirar as forças para fazer realidade que «tendo recebido o dom do amor, morramos ao pecado e vivamos para Deus» (São Fulgêncio de Ruspe).

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O GESTO DA HUMILDADE DE JESUS Jo 13,16-20
HOMILIA

Este texto faz parte do da última ceia, no qual Jesus lava os pés dos discípulos, um gesto exemplar de humilde serviço.

Os discípulos na pessoa de Pedro, relutavam em aceitar que o Mestre Jesus lhes lavasse os pés. Este gesto foi interpretado como uma quebra de hierarquia e esvaziamento da autoridade. É que eles pensavam a sociedade organizada em camadas sociais, sobrepostas segundo a importância de cada uma, num sistema de precedências e privilégios.

Jesus recusou-se a pactuar com esta mentalidade, oferecendo-lhes pistas para compreenderem a realidade de maneira diferente. Ele parte do princípio que “o servo não é maior do que o seu senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou”. Isto vale tanto para o Mestre quanto para os discípulos.

Diante da resistência em acreditar nas suas palavras Ele reagem e diz: “Se compreenderdes estas coisas, sereis felizes, sob condição de as praticardes.” Mais uma vez Jesus insiste na prática dos seus ensinamentos. Faz-nos um puxão de orelha. É preciso não somente crer, mais sim crer e praticar. Senão podemos nos tornar um novo Judas que acabou praticando ao contrário, ou seja, traindo o próprio Filho de Deus. “Aquele que come o pão comigo levantou contra mim o seu calcanhar.”

Somos nós que comemos o pão com Cristo, que comemos o pão que é o Cristo vivo, que proclamamos sua palavra a outros, e depois levantamos contra Ele o nosso calcanhar? Não! Isso não pode acontecer, prezados irmãos! Vamos rezar mais, se preciso jejuar, para que não cedamos às seduções do maligno que não cessa de tentar nos arrastar para longe Deus. Nós somos os mais visados por ele porque somos da linha de frente, somos missionários, somos escolhidos.

Por isso nos constituiu em sal da terra. Isto exige de nós muito cuidado para não perdermos o nosso sabor. Para não perdermos a nossa essência que é o de acolher, viver todos os seus ensinamentos. Por outro lado, Ele nos escolheu e envia para anunciar a sua palavra. Pois nos assegura:

“Em verdade, em verdade vos digo: quem recebe aquele que eu enviei recebe a mim; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou.”

Entretanto, trata-se de saber que senhor é aquele que enviou Jesus, segundo a afirmação do Mestre. Sem dúvida, ele está falando do Pai, que fez de Jesus servo e enviado, e que acolhe também os discípulos do Filho como servos e os envia em missão. Se for possível falar em hierarquia, convém saber que só existe uma: a que sobrepõe Deus ao ser humano, o Criador à sua criatura. Além desta, qualquer tentativa de classificar as pessoas em mais ou em menos importantes será sem cabimento. Quem se imagina superior aos demais está usurpando o lugar de Deus. Só ele é o Senhor; todos nós somos irmãos e irmãs.

Nesta ordem de idéias, o gesto de humildade de Jesus é perfeitamente compreensível. Ele agiu como servo, por ser servo. E, como ele, todos devemos agir, pois também somos servos. Portanto, o gesto de Jesus só é incompreensível para quem não pensa como Deus.

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LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Marcos 16,15-20 - 25.04.2018

Liturgia Diária

DIA 25 – QUARTA-FEIRA   
SÃO MARCOS, EVANGELISTA

(vermelho – ofício da festa)

Marcos (Líbia, séc. 1º) é o autor do primeiro evangelho a ser escrito, fruto do apanhado da pregação dos apóstolos sobre os ensinamentos e as ações de Jesus. Seu anúncio tem o objetivo de mostrar que Jesus é realmente o Filho de Deus, iniciando-se e terminando com essa profissão de fé. Seu exemplo nos impulsione em nossa atividade missionária.

Evangelho: Marcos 16,15-20

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos

– Naquele tempo, Jesus se manifestou aos onze discípulos 15e disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o evangelho a toda criatura! 16Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado. 17Os sinais que acompanharão aqueles que crerem serão estes: expulsarão demônios em meu nome, falarão novas línguas; 18se pegarem em serpentes ou beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal algum; quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados”. 19Depois de falar com os discípulos, o Senhor Jesus foi levado ao céu e sentou-se à direita de Deus. 20Os discípulos então saíram e pregaram por toda parte. O Senhor os ajudava e confirmava sua palavra por meio dos sinais que a acompanhavam.

– Palavra da salvação.

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Reflexão - Evangelho: Marcos 16,15-20
«Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura»

Mons. Agustí CORTÉS i Soriano Bispo de Sant Feliu de Llobregat
(Barcelona, Espanha)

Hoje haveria muito do que falar sobre por que não se ouve com firmeza e convicção a palavra do Evangelho? porque nós os cristãos, guardamos um silêncio suspeitoso sobre o que acreditamos, apesar da chamada à “nova evangelização”. Cada um fará sua própria análise e mostrará sua interpretação particular.

No entanto, na festa de São Marcos, ouvindo o Evangelho e olhando para o evangelizador, só podemos proclamar com segurança e agradecimento onde está a fonte e em que consiste a força de nossa palavra.

O evangelizador não fala porque assim o recomenda um estudo sociológico do momento, nem porque o manda a “prudência” política, nem porque “ele tem vontade de dizer o que pensa”. A ele lhe foi imposto uma presença e um mandato, desde fora, sem coacção, mas com a autoridade de quem é digno de toda credibilidade: «E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura». (cf. Mc 16,15). Quer dizer, que evangelizamos por obediência gozosa e confiadamente.

Nossa palavra, por outro lado, não se apresenta como uma mais no mercado das ideias ou das opiniões, mas que tem todo o peso das mensagens fortes e definitivas. De sua aceitação ou rejeição dependem a vida ou a morte; e sua verdade, sua capacidade de convicção, vem pela via testemunhal, isto é, aparece acreditada pelos signos de poder em favor dos necessitados. Razão pela qual, é propriamente, uma “proclamação”, uma declaração pública, feliz, entusiasmada, de um fato decisivo e salvador.

Por que, então nosso silêncio? Medo, timidez? Dizia São Justino que «aqueles ignorantes e incapazes de eloquência, persuadiram pela virtude a todo o gênero humano». O signo o milagre da virtude é nossa eloquência. Deixemos pelo menos que o Senhor no meio de nós e conosco realize sua obra: estava «Os discípulos partiram e pregaram por toda parte. O Senhor cooperava com eles e confirmava a sua palavra com os milagres que a acompanhavam.» (Mc 16,20).

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A MISSÃO DOS DISCÍPULOS Mc 16,15-20
HOMILIA

O anúncio do “Evangelho” obriga os homens a uma opção. Quem aderir à proposta que Jesus faz, chegará à vida plena e definitiva; mas quem recusar essa proposta, ficará à margem da salvação. A tarefa que os discípulos são chamados a fazer vai atingir não só os homens, mas “toda a criatura”.

Tornar-se discípulo é, em primeiro lugar, aprender os ensinamentos de Jesus – a partir das suas palavras, dos seus gestos, da sua vida oferecida por amor.

É um tremendo desafio testemunhar, hoje, no mundo os valores do “Reino” . Com freqüência, os discípulos de Jesus são objetos da irrisão e do escárnio dos homens, porque insistem em testemunhar que a felicidade está no amor e no dom da vida; com freqüência, os discípulos de Jesus são apresentados como vítimas de uma máquina de escravidão, que produz escravos, alienados, vítimas do obscurantismo, porque insistem em testemunhar que a vida plena está no perdão, no serviço, na entrega da vida.

A missão que Jesus confiou aos discípulos é uma missão universal: as fronteiras, as raças, a diversidade de culturas, não podem ser obstáculos para a presença da proposta libertadora de Jesus no mundo. Tenho consciência de que a missão que foi confiada aos discípulos é uma missão universal? Tenho consciência de que Jesus me envia também a todos os homens – sem distinção de raças, de etnias, de diferenças religiosas, sociais ou econômicas – a anunciar-lhes a libertação, a salvação, a vida definitiva? Tenho consciência de que sou responsável pela vida, pela felicidade e pela liberdade de todos os meus irmãos – mesmo que eles habitem no outro lado do mundo?

O confronto com o mundo gera muitas vezes, nos discípulos, desilusão, sofrimento, frustração. Nos momentos de decepção e de desilusão. Como tenho reagido? Se ainda algum dia tiver de chorar, consolar-me-á a certeza da presença de Jesus: “eu estarei convosco até ao fim dos tempos”. Esta certeza deve nos alimentar e encorajar no testemunho d’Aquele que nos envia e em quem acreditamos: Jesus Cristo nosso Senhor!

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quinta-feira, 19 de abril de 2018

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 10,22-30 - 24.04.2018

Liturgia Diária DIA 24 – TERÇA-FEIRA   
4ª SEMANA DA PÁSCOA

(branco – ofício do dia)

Nas mãos do Pai estamos nós e a vida da Igreja. Em épocas de perseguição, ela fortalece seu espírito missionário e assim se torna mais viva e comprometida com o projeto de Jesus.

Evangelho: João 10,22-30

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João

– 22Celebrava-se, em Jerusalém, a festa da Dedicação do templo. Era inverno. 23Jesus passeava pelo templo, no pórtico de Salomão. 24Os judeus rodeavam-no e disseram: “Até quando nos deixarás em dúvida? Se tu és o Messias, dize-nos abertamente”. 25Jesus respondeu: “Já vo-lo disse, mas vós não acreditais. As obras que eu faço em nome do meu Pai dão testemunho de mim; 26vós, porém, não acreditais, porque não sois das minhas ovelhas. 27As minhas ovelhas escutam a minha voz, eu as conheço e elas me seguem. 28Eu dou-lhes a vida eterna, e elas jamais se perderão. E ninguém vai arrancá-las de minha mão. 29Meu Pai, que me deu essas ovelhas, é maior que todos, e ninguém pode arrebatá-las da mão do Pai. 30Eu e o Pai somos um”.

– Palavra da salvação.

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Reflexão - Evangelho: João 10,22-30
«Eu e o Pai somos um»

Rev. D. Miquel MASATS i Roca
(Girona, Espanha)

Hoje, vemos Jesus que «andava pelo Templo, no pórtico de Salomão» (Jo 10,23), durante a festa da Dedicação em Jerusalém. Então, os judeus pedem-lhe: «Se tu és o Cristo, diz-nos abertamente», e Jesus responde-lhes: «Eu já vos disse, mas vós não acreditais» (Jo 10,24.25).

Só a fé dá ao homem a capacidade de reconhecer Jesus Cristo como o Filho de Deus. No ano de 2000, João Paulo II, no encontro com os jovens em Tor Vergata, falava do “laboratório da fé”. Há muitas respostas para a pergunta «Quem dizem as multidões que eu sou?» (Lc 9,18) … Depois, porém, Jesus passa para o plano pessoal: «E vós, quem dizeis que eu sou?» Para responder corretamente a esta pergunta é necessária a “revelação do Pai”. Para responder como Pedro — «Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo» (Mt 16,16)— faz falta a graça de Deus.

Contudo, embora Deus queira que todas as pessoas acreditem e se salvem, só os homens humildes têm a capacidade de acolher este dom. «Entre os humildes está a sabedoria», lê-se no livro dos Provérbios (11,2). A verdadeira sabedoria do homem consiste em confiar em Deus.

Santo Tomás de Aquino comenta esta passagem do Evangelho dizendo: «Consigo ver graças à luz do sol, mas se fechar os olhos, não vejo; porém a culpa não é do sol, mas minha».

Jesus diz-lhes que, se não creem, que acreditem, pelo menos, devido às obras que faz, que manifestam o poder de Deus. «As obras que eu faço em nome do meu pai dão testemunho de mim» (Jo 10,25).

Jesus conhece as suas ovelhas e as suas ovelhas escutam a Sua voz. A fé leva à intimidade com Jesus na oração. O que é a oração senão o trato com Jesus Cristo, que sabemos que nos ama e nos conduz ao Pai? O resultado e o prêmio desta intimidade com Jesus nesta vida, é a vida eterna, como lemos no Evangelho.

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O POVO REJEITA JESUS Jo 10,22-30
HOMILIA

Estamos diante do diálogo com os judeus. E é fácil perceber o conflito entre a sinagoga e as comunidades cristãs no tempo em que João escreve o seu Evangelho. A sinagoga, tentando reencontrar sua rígida identidade, decidira expulsar os judeus que aderiram à fé em Jesus. Procurava demover os cristãos inseguros, alegando-lhes que ele não era o Messias, o Cristo. Contudo, João mostra que a fé em Jesus deve ser mantida tendo em vista as suas obras de amor. As palavras dele ecoam nas comunidades e os discípulos devem segui-lo. É ele quem dá a vida eterna e seu Pai guarda de maneira segura seus discípulos. A agressividade dos adversários estava já se tornando perigosa e se manifestava ameaçadora quando Jesus falou abertamente sobre sua identidade, ser o Filho de Deus. Sobretudo quando diz: “Quando tiverdes elevado o Filho do Homem então sabereis que EU SOU” (Jo 8,28). “Abraão, vosso pai, exultou por ver o meu Dia. Ele o viu e encheu-se de alegria” “Antes que Abraão nascesse EU SOU” (v. 56 e 56) e finalmente: “Eu e o Pai somos um”. Esta última afirmação foi a que procurou mais irritação com a ameaça de O querem matar: “Os judeus, outra vez, apanharam pedras para lapidá-lo”; ainda mais forte esta irritação quando Jesus ressuscitou: “Então a partir desse dia resolveram matá-lo”.

Jesus é um personagem incômodo, ontem, hoje e sempre. A motivação desta incomodidade é que Jesus fala, diz a verdade, e a verdade é exigente, interessa a vida e incide sobre o comportamento humano. Qual verdade? Jesus é o Filho de Deus, sua identidade é divina, conceito ou melhor, evento que se torna difícil aceitar por o homem racional e que não se abre a transcendência. Quando Jesus disse: “EU SOU”, igualando-se a Deus; quando disse: “Aquele que o Pai consagrou e enviou ao mundo dizeis: ‘Blasfêmias! ’, porque disse: Sou Filho de Deus!”, declarando-se Filho de Deus; quando a pergunta do Chefe do Sinédrio És tu o Messias, o Filho de Deus Bendito? Jesus respondeu: “Eu sou”, afirmando que o Messias é o Filho de Deus, o mundo religioso judaico, com seus chefes, pareceu acabar por causa de um terremoto tal, que provocou nos detentores o pânico total de perder o poder religioso e político, seu estado social e familiar. A reação foi decisiva, a morte.

Jesus provoca terremotos também hoje, nas pessoas e nos povos, enfrentando-se com as ideologias e o pensamento moderno e pós-moderno, na sociedade com suas denúncias contra o permissivismo e relativismo, com seus fortes chamamentos a reconhecer a dignidade do homem, feito à imagem e semelhança de Deus e redimido por Jesus Cristo, Salvador e Redentor. É preciso que você e eu sejamos como João e anunciemos Jesus seja a que custo for. Pois Ele é o único que nos pode salvar.

Pai, dá-me um coração de discípulo que se deixa guiar docilmente pelo Mestre Jesus, tornando-se, assim, apto para reconhecer sua condição de Messias de Deus.

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LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 10,1-10 - 23.04.2018

Liturgia Diária DIA 23 – SEGUNDA-FEIRA   
4ª SEMANA DA PÁSCOA

(branco – ofício do dia)

Viemos aqui conduzidos pelo Bom Pastor, a porta por onde todos são convidados a entrar. Sua proposta é universal, ninguém é excluído do rebanho onde se encontram a vida e a salvação.

Evangelho: João 10,1-10

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João

– Naquele tempo, disse Jesus: 1“Em verdade, em verdade vos digo, quem não entra no redil das ovelhas pela porta, mas sobe por outro lugar, é ladrão e assaltante. 2Quem entra pela porta é o pastor das ovelhas. 3A esse o porteiro abre, e as ovelhas escutam a sua voz; ele chama as ovelhas pelo nome e as conduz para fora. 4E, depois de fazer sair todas as que são suas, caminha à sua frente, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz. 5Mas não seguem um estranho, antes fogem dele, porque não conhecem a voz dos estranhos”. 6Jesus contou-lhes esta parábola, mas eles não entenderam o que ele queria dizer. 7Então Jesus continuou: “Em verdade, em verdade vos digo, eu sou a porta das ovelhas. 8Todos aqueles que vieram antes de mim são ladrões e assaltantes, mas as ovelhas não os escutaram. 9Eu sou a porta. Quem entrar por mim será salvo; entrará e sairá e encontrará pastagem. 10O ladrão só vem para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”.

– Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: João 10,1-10
«Quem entra pela porta é o pastor das ovelhas: as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz »

Rev. D. Francesc PERARNAU i Cañellas
(Girona, Espanha)

Hoje continuamos a considerar uma das imagens mais belas e mais conhecidas da pregação de Jesus: o bom Pastor, as suas ovelhas e o redil. Todos temos na memória as figuras do bom Pastor que contemplamos desde pequenos. Uma imagem que era muito querida aos primeiros fieis e que forma parte da arte sacra cristã desde o tempo das catacumbas. Quantas coisas nos invoca aquele pastor jovem com a ovelha ferida às suas costas! Muitas vezes vimo-nos, a nós próprios, representados naquele pobre animal.

Ainda há pouco celebramos a festa da Páscoa e uma vez mais, recordamos que Jesus não falava numa linguagem figurada quando nos dizia que o bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas. Realmente fê-lo: a sua vida foi a prenda do nosso resgate, com a sua vida comprou a nossa; graças a esta entrega, nós fomos resgatados: «Eu sou a porta. Quem entrar por mim será salvo» (Jo 10,9). Encontramos aqui a manifestação do grande mistério do amor inefável de Deus que chega a estes extremos inimagináveis para salvar a criatura humana. Jesus leva até ao extremo o seu amor, até ao ponto de dar a sua vida. Ressoam ainda aquelas palavras do Evangelho de São João introduzindo-nos nos momentos da Paixão: «Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que tinha chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim» (Jo 13,1).

De entre as palavras de Jesus gostaria de aprofundar nestas: «Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas e elas conhecem-me» (Jo 10,14); mais ainda, «as ovelhas escutam a sua voz (…) e seguem-no, porque conhecem a sua voz» (Jo 10,3-4). É verdade que Jesus nos conhece, mas, poderemos nós dizer que o conhecemos bem, a Ele, que o amamos e que correspondemos como devemos?

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EU SOU A PORTA DAS OVELHAS Jo 10,1-10
HOMILIA

Em todos os evangelhos João é o único que nos apresenta Jesus diretamente como e a Porta das ovelhas. Jesus indica claramente que ele é a única porta por onde devem entrar todos os pastores de Israel. Ou seja, os reis ou dirigentes messiânicos de Israel devem se ajustar ao único verdadeiro pastor que é Jesus. Quem não entrar, como os apóstolos, pela sua porta não pode ser verdadeiro pastor. Por isso, na continuação Jesus explica seu papel de supremo e verdadeiro pastor. A afirmação de Jesus segundo a qual ele é a porta do aprisco é de tal modo absoluta, que nos obriga a mantê-la como uma verdade de fé. Todo aquele que não se compromete com Jesus e seus ensinamentos não podem ser verdadeiro pastor das ovelhas que constituem os súditos do reino.

Essa porta é única de modo que qualquer outra porta moral ou dogmática será o mesmo que entrar no aprisco por cima da cerca. E isso é roubalheira, é vandalismo prática própria dos ladrões, que servem melhor a seus interesses do que ao bem das ovelhas a eles encomendadas.

Quem são os tais? Evidentemente aqueles que buscam o dinheiro como proveito de seus serviços, ou a fama para serem louvados como tais líderes. Quando Jesus coloca seu serviço como dar a vida e para isso ele escolheu a morte para que elas tenham vida (Jo 10, 15). Jesus dirá como os chefes da terra subjugam e dominam, mas aquele que quiser ser grande entre seus discípulos deve servir a todos como fez ele mesmo (Mt 20, 25-28).

Não podemos esquecer que os primeiros pastores são os próprios pais. Neste mundo em que o bem-estar e o prazer substituem o amor e o serviço, é bom recordar as palavras de Jesus sobre como apascentar as ovelhas, que no caso são os filhos.

“Em verdade vos declaro: Eu sou a porta das ovelhas.” Jesus acaba de abrir a porta que nos tinha mostrado fechada. Ele mesmo é essa porta. Reconheçamo-lo, entremos e alegramo-nos por ter entrado.

“Os que vieram antes são ladrões e salteadores”; é preciso compreender: “Os vieram fora de mim”. Os profetas vieram antes dele; eram ladrões e salteadores? De forma nenhuma, porque não vieram fora de Cristo; estavam com ele. Ele tinha-os enviado como mensageiros, mas tinham nas suas mãos o coração dos enviados. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”, diz ele (Jo 14,6). Se ele é a verdade, os que estavam na verdade estavam com ele. Os que vieram fora dele, pelo contrário, são ladrões e salteadores porque só vieram para pilhar e fazer morrer. “A esses, as ovelhas não escutaram”, diz Jesus.

Mas os justos acreditaram que ele viria tal como nós acreditamos que ele já veio. Os tempos mudaram, a fé é a mesma. Uma mesma fé reúne os que acreditavam que ele devia vir e os que acreditam que ele já veio. Vemos entrar todos, em épocas diferentes, pela única porta da fé, quer dizer, Cristo. Sim, todos os que acreditaram no passado, no tempo de Abraão, de Isaac, de Jacob, de Moisés ou dos outros patriarcas e profetas que, todos eles, anunciavam Cristo, todos esses eram já suas ovelhas. Neles se ouviu o próprio Cristo, não como uma voz estranha, mas com a sua própria voz.

Portanto, quem entrar por Jesus encontrará pastagem, isto é, alimento para a vida. E vida em abundância, a vida eterna.

Pai torna-me um discípulo dócil de Jesus, o verdadeiro pastor que arriscou a própria vida para me salvar. Somente ele poderá conduzir-me para ti e contigo viver eternamente.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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