quinta-feira, 24 de maio de 2018

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Marcos 10,32-45 - 30.05.2018

Liturgia Diária

DIA 30 – QUARTA-FEIRA   
8ª SEMANA COMUM

Pondo nossa fé e esperança em Deus, acompanhamos os passos de Jesus a caminho de Jerusalém, onde culminará sua entrega de serviço e fidelidade ao projeto do Pai.

Evangelho: Marcos 10,32-45

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos

– Naquele tempo, 32os discípulos estavam a caminho, subindo para Jerusalém. Jesus ia na frente. Os discípulos estavam espantados, e aqueles que iam atrás estavam com medo. Jesus chamou de novo os doze à parte e começou a dizer-lhes o que estava para acontecer com ele: 33“Eis que estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do homem vai ser entregue aos sumos sacerdotes e aos doutores da lei. Eles o condenarão à morte e o entregarão aos pagãos. 34Vão zombar dele, cuspir nele, vão torturá-lo e matá-lo. E depois de três dias, ele ressuscitará”. 35Tiago e João, filhos de Zebedeu, foram a Jesus e lhe disseram: “Mestre, queremos que faças por nós o que vamos pedir”. 36Ele perguntou: “O que quereis que eu vos faça?” 37Eles responderam: “Deixa-nos sentar um à tua direita e outro à tua esquerda quando estiveres na tua glória!” 38Jesus então lhes disse: “Vós não sabeis o que pedis. Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber? Podeis ser batizados com o batismo com que vou ser batizado?” 39Eles responderam: “Podemos”. E ele lhes disse: “Vós bebereis o cálice que eu devo beber e sereis batizados com o batismo com que eu devo ser batizado. 40Mas não depende de mim conceder o lugar à minha direita ou à minha esquerda. É para aqueles a quem foi reservado”. 41Quando os outros dez discípulos ouviram isso, indignaram-se com Tiago e João. 42Jesus os chamou e disse: “Vós sabeis que os chefes das nações as oprimem e os grandes as tiranizam. 43Mas, entre vós, não deve ser assim: quem quiser ser grande seja vosso servo; 44e quem quiser ser o primeiro seja o escravo de todos. 45Porque o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate para muitos”.

– Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br


Reflexão - Evangelho: Marcos 10,32-45
«Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos»

Rev. D. René PARADA Menéndez
(San Salvador, El Salvador)

Hoje, o Senhor nos ensina qual deve ser nossa atitude ante a Cruz. O amor ardente à vontade de seu Pai, para consumar a salvação do gênero humano —de cada homem e mulher— lhe move ir depressa a Jerusalém, onde «Aquele, porém, que me renegar diante dos homens, também eu o renegarei diante de meu Pai que está nos céus. “Não penseis que vim trazer paz à terra! Não vim trazer paz, mas sim, a espada» (cf. Mt 10,33-34). Mesmo que às vezes não entendamos ou, inclusive, tenhamos medo ante a dor, o sofrimento ou as contradições de cada jornada, procuremos unir-nos —por amor à vontade salvadora de Deus— com o oferecimento da cruz de cada dia.

A prática constante da oração e os sacramentos, especialmente o da Confissão pessoal dos pecados e o da Eucaristia, acrescentarão em nós o amor a Deus e aos demais por Deus de modo que seremos capazes de dizer «Podemos!» (Mc 10,39), a pesar de nossas misérias, medos e pecados. Sim, poderemos abraçar a cruz de cada dia (cf. Lc 9,23) por amor, com um sorriso; essa cruz que se manifesta no ordinário e cotidiano: a fatiga no trabalho, as dificuldades normais na vida, família e nas relações sociais, etc.

Só se abraçamos a cruz de cada dia, negando nossos gostos para servir aos demais, assim conseguiremos identificar-nos com Cristo, que «Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos» (Mc 10,45). João Paulo II explicava que «o serviço de Jesus chega a sua plenitude com a morte na Cruz, ou seja, com o dom total de si mesmo». Imitemos, pois, a Jesus Cristo, transformando constantemente nosso amor a Ele em atos de serviço a todas as pessoas: ricos ou pobres, com muita ou pouca cultura, jovens o anciãos, sem distinção. Atos de serviço para aproximá-los a Deus e liberá-los do pecado.

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ANÚNCIO DA MORTE E RESSURREIÇÃO DE JESUS Mc 10,32-45
HOMILIA

Estamos caminhando na trajetória de dialogar, conhecer e aprofundar mais de perto a proposta do Evangelho de São Marcos. Espero que essa caminhada possa iluminar o nosso cotidiano dando respostas aos presentes desafios da realidade. Para entender melhor o texto de hoje é preciso fazer uma releitura dos três anúncios da Paixão Morte e Ressurreição de Jesus. Assim, convido a você fazer uma caminhada através dos três anúncios da paixão de Jesus: Mc 8,27-38; Mc 9,30-37; e finalmente Mc 10,32-45 que é o Evangelho de hoje.

Com a paixão de Jesus ao longo do caminho, podemos compreender e dar razão à nossa fé na pessoa e na missão de Jesus de Nazaré. A paixão de Jesus está presente nas paixões de tantas pessoas que vivem nas comunidades, nas pastorais e nos movimentos sociais que testemunham radicalmente o projeto libertador de Jesus de Nazaré. Assim, os anúncios da paixão se tornam o cerne, o núcleo da fé cristã na perspectiva da ressurreição. É a ressurreição a força motivadora para os discípulos superarem as contradições, as dificuldades e os desafios da caminhada.

É no caminho de Cesárea de Felipe (8,27 a) para Jerusalém (10,32) que Jesus ensinará os discípulos sobre as implicações do seu projeto. Ele mostrará como devemos segui-lo mediante os conflitos, crises e desafios. A pedagogia de Jesus será um processo de contínua partilha e ensinamentos no caminho. Para isso, ele precisou ficar sozinho com os discípulos a fim de catequizá-los. É no caminho que a sua catequese, a sua formação ocorrerá. Será uma longa catequese sobre o “seguimento”.

A comunidade de Marcos é marcada por uma experiência de conflitos e crises. Diante disto, ela constrói a imagem de Jesus. Por isso que em Mc 8,27-30, Jesus no auge da crise, quis avaliar a caminhada da sua comunidade fazendo uma pergunta simples e direta: “Quem dizem os homens que eu sou?”.

Estão subindo para Jerusalém e, embora já saibam qual seria o destino de Jesus, acontece o anuncio: “...o Filho do Homem vai ser entregue aos chefes dos sacerdotes e aos doutores da Lei. Eles condenarão à morte e o entregarão aos pagãos. Vão caçoar dele, cuspir nele, vão torturá-lo e matá-lo. E depois de três dias ele ressuscitará”.(cf.10,33-34). Esse último anúncio mostrará claramente que o seguimento de Jesus não tem privilégios como pensavam os discípulos, porque a caminhada é marcada não só de glória. Passa pela coragem de deixar tudo para suportar a opção de vida que levará ao longo do caminho. O caminho de Jesus será marcado de rejeição, de perseguição, de luta e de sofrimento. Essas são as condições para se chegar à glória.

E para, definitivamente, mostrar que para seguí-lo é preciso muitas vezes ser curado da surdez e da cegueira, estas estavam presentes durante todo o caminho. Por isso estava difícil que os discípulos compreendessem a mensagem de Jesus a respeito da sua paixão como condição de seguí-lo.

Portanto, os três anúncios da paixão de Jesus se encerra com a cura do cego de Jericó (10,46-52). O cego curado se põe a “seguir a Jesus pelo caminho”, o que não fizera o cego de Betsaida, no capítulo 8, e nem o homem rico. Bartimeu é apresentado, assim, como modelo do discípulo. Jesus cura e ilumina seus discípulos, tornando-os capazes de seguí-lo.

Pai, a exemplo de Jesus, transforma-me em servidor de meus semelhantes, e não me deixes ter medo de colocar minha vida a serviço de quem precisa de mim.

Fonte PADRE BANTU MENDONÇA KATCHIPWI SAYLA


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